O estoque de combustível na Paraíba está estabilizado, garantiu nesta quinta-feira (14) o coordenador-geral do Nordeste da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Siderval Vale Miranda. O representante da agência também ressaltou que está descartada a suspensão da cabotagem em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, mesmo não existindo um cronograma para a chegada de navios tanques transportando combustível para o Porto da cidade via cabotagem.
Esta afirmação ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira no Ministério Público da Paraíba e da Companhia Docas do Estado. De acordo com ele, a falta de gasolina ocorrida entre o final do ano passado e início deste ano foi ocasionada por vários fatores.
Entre as justificativas Siderval Miranda citou a greve nacional dos petroleiros realizada em novembro e problemas operacionais na refinaria Bernardes, em Cubatão. em São Paulo, que também traz combustível para o Nordeste.
?Com receio de ficar sem abastecimento, vários consumidores paraibanos correram para os postos e encheram o tanque e tudo isso contribuiu para a falta do produto. Mas, agora, o estoque está estabilizado e o Porto de Cabedelo já possui 26 milhões de litros de gasolina estocado, o que corresponde a 90% da capacidade de armazenamento do porto?, justificou Miranda e acrescentou. ?Não existe a intenção da Petrobras de desativar a base de Cabedelo?.
Por outro lado, o diretor-geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (MP-Procon), Francisco Glauberto Bezerra, destacou que uma greve de petroleiros é uma ação totalmente previsível e que a Petrobras deveria ter medidas preventivas em situações emergências para manter o fornecimento ao público. ?A crise do desabastecimento está ultrapassada e vamos apurar a responsabilidade do desabastecimento?.
A diretora-presidente da Companhia Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, afirmou que o navio que chegou na quarta-feira (13) a Cabedelo trouxe 22 mil toneladas de gasolina e diesel e que já está faturado para janeiro 58 milhões de litros de combustível. Sobre a falta de previsão de quando virão outros navios trazendo gasolina e diesel, Gilmara Temóteo lembrou que a vinda dos navios ocorre conforme a demanda.
G1 Paraíba