Depois de alguns dias funcionando apenas com 30% de sua capacidade de expedição devido a paralisação dos caminhoneiros, os quatro terminais de combustíveis localizados no complexo portuário do Porto de Cabedelo estão operando praticamente dentro da normalidade.
Desde de último sábado a entrada e saída dos terminais está liberada após liminar concedida pelo juiz Antônio Silveira, da 2ª Vara Mista de Cabedelo, mas piquetes montados na saída da cidade impediam que os caminhões seguissem viagem. Ontem, o governador Ricardo Coutinho (PSB) determinou que Polícia Militar da Paraíba (PMPB) auxiliasse a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na escolta dos caminhões.
Em situação de normalidade são escoados dos terminais aproximadamente 4,5 milhões de litros de combustíveis por dia, mas durante os últimos oito dias um acordo foi firmado com o comando de greve para a liberação de 30% desse volume, o que representa cerca de 1,2 milhão de litros, para atender a demanda essencial. Já no final do dia de ontem, foi registrado a saída de aproximadamente 3 milhões de litros, se aproximando da normalidade.
O número de caminhões que circulam nos terminais da área portuária somente para carregamento de derivados de petróleo por dia é de 260. Desde o inicio do movimento paredista dos caminhoneiros esse número oscilou entre 4 e 74. Na segunda-feira, 189 caminhões conseguiram carregar e deixar o complexo portuário e a cidade de Cabedelo com destino a região metropolitana de João Pessoa, Campina Grande, e outras cidades do Estado. Nos próximos três dias, a situação deve está completamente normalizada na Capital e nas cidades vizinhas.
O combustível chega ao Porto de Cabedelo através de navios e é armazenado nos tanques dos terminais arrendados. De lá segue em caminhões para todo o Estado da Paraíba e ainda algumas cidades do interior dos estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
O etanol anidro chega aos terminais pelo modal rodoviário e é utilizado na mistura com a gasolina para, em seguida, ser distribuído aos postos revendedores. Já o Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de cozinha, vem do Porto de Suape para a Paraíba, é envasado em uma empresa privada e também distribuído para toda a Paraíba.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), 55% dos postos da Grande João Pessoa, já está operando normalmente desde a tarde desta terça-feira.